sábado, 18 de janeiro de 2020

Prática esportiva deve estar associada ao bem-estar e prazer

O personal trainer Gustavo Isaías afirma que realizar atividades que despertam interesse é um meio de não desistir de se movimentar.

A prática de exercício físico pode ser indicada por médico, fisioterapeuta ou ser uma iniciada individual, mas é importante que esteja associada ao bem-estar e prazer. O personal trainer Gustavo Isaías afirma que realizar atividades que despertam interesse é um meio de não desistir de se movimentar.

“A prática esportiva deve estar intimamente ligada ao lazer, assim a probabilidade de permanência aumenta consideravelmente, mas é claro que devemos levar em consideração alguns fatores como idade e doenças”, alerta Gustavo.
De acordo com o personal, a musculação se mostra efetiva contra hipertensão e diabetes, porque permite, em pouco tempo, um maior controle dos níveis de colesterol e glicose presentes no corpo. Para idosos com osteoporose ou não, a musculação também se mostra eficaz devido ao fortalecimento ósseo e à prevenção de dores e lesões.

“Pra quem procura uma melhoria na qualidade de vida e fortalecimento muscular, o ideal é que se pratique musculação com pesos adequados à sua força e faixa etária. Inicialmente, não pegue muito pesado para que o corpo não entre em processo inflamatório, o que vem a gerar dores e desconforto no dia seguinte ao treino, às vezes até impede a continuidade. É importante sempre tirar dúvidas e seguir os conselhos e ensinamentos do instrutor da academia ou personal trainer”, orienta.

Há ainda os que preferem atividades aquáticas. Para estes, a natação é uma boa escolha em qualquer idade. A hidroginástica é outra opção para idosos, por não haver impacto, preservando, assim, a estrutura óssea.

Para crianças e adolescentesa natação, futebol e lutas são opções atrativas. “A prática esportiva não distingue e nem restringe seu público por idade, o importante é praticar algo que sinta prazer e, ao mesmo tempo, lhe proporcione saúde e qualidade de vida”, afirma Gustavo Isaías.

Já para quem não é adepto à musculação e prefere caminhar, é indicado que use um tênis confortável, assim como as roupas. A alimentação tem que ser feita pelo menos de 30 a 40 minutos antes da caminhada, com alimentos leves e sempre procurando se manter hidratado.

Corrida exige respeito ao condicionamento físico

Já a corrida segue outras dicas, como: calçar tênis apropriado para não criar calos e machucar os pés; roupas que facilitem a transpiração; além de respeitar o condicionamento físico e cardiorrespiratório, que é diferente em cada pessoa.

“Inicie com pequenas distâncias, com o tempo e após manter a frequência da corrida, aos poucos pode ir adicionando cada vez mais distância. É importante também não se comparar a ninguém durante qualquer tipo de treino, essa simples dica pode evitar vários tipos de lesões, das mais simples até as mais graves”, pontua o personal trainer Gustavo Isaías.

A postura correta durante qualquer prática de exercício físico é também indispensável. O educador destaca que se deve manter a cabeça com olhar fixo para a frente, ombros relaxados, braços com os cotovelos flexionados, de forma que o braço à frente do corpo seja sempre o contrário à perna. Por exemplo, o braço direito estará à frente do tórax junto com a perna esquerda.

Todavia, o tórax e o pescoço devem estar eretos e levemente inclinados à frente. Durante a corrida, é preciso estar atento para nunca deixar a perna que toca o chão ficar ereta. O joelho deve permanecer sempre semi-flexionado e, por fim, deixar os tornozelos relaxados, para que durante a corrida realize o movimento correto de flexão e extensão – o que ajuda no amortecimento do impacto e na prevenção de lesões.



Por: Sandy Swamy- Jornal O Dia

http://fundarock.blogspot.com/

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Objetivo Alcançado! Manutenção do treino e boa forma

Objetivo Alcançado! Manutenção do treino e boa forma

Após a conquista dos objetivos, as estratégias são tão importantes quanto o processo do emagrecimento. A percepção geral é que, além de ser difícil perder peso, ninguém consegue manter o peso por longo prazo. Este é um antigo problema. Em 1959, um estudo com 100 obesos concluiu que apenas 2% dos indivíduos mantiveram a redução do peso (em mais de 9,1 kg). Em 1998, o New England Journal of Medicine repetiu esta mesma notícia pessimista

Contudo, a literatura científica nos dias atuais registra sucesso na manutenção da perda de peso em longo prazo, mas vale destacar que a maioria das pessoas recupera dois terços do peso perdido em um ano. Isso demonstra que realmente para a maioria não é fácil manter a forma, talvez seja ainda mais difícil do que o próprio processo de emagrecimento. Alguns pensam que é tarefa cumprida e o resultado é permanente, porém, o trabalho prossegue, novas metas e objetivos devem ser traçados para manter a motivação.

Embora com dados limitados e variações entre os estudos, se observa que 20% dos indivíduos que perdem peso conseguem uma manutenção desta perda de forma bem-sucedida. Wing e Hill[1] instituíram nos EUA o Registro Nacional de Controle de Peso, com um banco de dados de 4.000 inscritos, com histórico de perda de peso e sucesso na manutenção em longo prazo. Mas, antes das providências do que deve ser feito, ou mesmo evitado, se faz necessário entendermos como a ciência explica esse fenômeno, que leva o nome popular de “efeito sanfona”. 


efeito sanfona 

Estudos afirmam que o genoma humano é programado para a atividade física, e hoje realizamos apenas 25% das atividades físicas diárias do que em comparação com anos passados. Afirma-se ainda que o nível de atividade fisiológica normal seria o necessário para a sobrevivência individual, como reunir seu próprio alimento, coletando ou caçando, construir seu próprio abrigo, defender-se ou fugir de ameaças.

Surge então a Teoria do gene Thrifty, sugerindo que ao longo do tempo evolutivo, devido à exposição a períodos regulares de fome (época em que o homem era nômade), os indivíduos com facilidade de armazenar gordura teriam se beneficiado de forma seletiva, ou seja, sobreviviam a estas intempéries e privações enquanto os demais sucumbiam.

Essa capacidade de acumular gordura foi repassada aos seus descendentes, consequentemente, indivíduos com genes que promovem o depósito de gordura de forma eficiente (‘genes econômicos’) seriam os mais favorecidos nas eras iniciais. No ambiente moderno, esta predisposição genética nos prepara para uma fome que nunca chega, temos alimento em abundância, quase tudo processado e altamente calórico, provocando uma epidemia de obesidade com todas as doenças crônicas concomitantes.


homeostase

A fisiologia versus a homeostase

A literatura sugere que, após os objetivos da perda de peso serem alcançados, deve existir uma fase de manutenção, na qual os novos hábitos de vida são consolidados, o que deve durar ao menos dois anos. Isso devido ao organismo humano estar programado para buscar a homeostase (equilíbrio), ou seja, diante de qualquer tipo de desequilíbrio como estresse, frio, calor ou fome, o corpo trabalhará em busca do equilíbrio.

Assim, o organismo não sabe diferenciar se você ganhou uma dieta nova, se você pagou por uma consulta com um nutricionista, ou se você está em uma ilha deserta com escassez de alimentos. Ele simplesmente irá trabalhar para restabelecer o equilíbrio, tentando evitar a perda de peso e levá-lo de volta ao peso anterior. Como o organismo ficou privado por um determinado tempo, ele supercompensa, estocando um pouco mais e assim preparando-se para novos períodos de escassez, e o “efeito sanfona” se estabelece.


A manutenção do novo peso deve manter-se pelo período de dois anos, para que o organismo entenda que este é seu novo “eu”. Um aspecto que vem ganhando espaço na literatura científica, atribuído como fator importante para o sucesso da manutenção da perda de peso, mesmo que sendo um desafio em longo prazo, é o acesso a informações. Isto pode ser particularmente importante em termos de lançamento de estratégias iniciais para cessar a recuperação do peso – objetivo também deste texto.

Atualmente, os dados parecem sugerir que as diferenças de comportamento (ou as escolhas individuais) são preditores mais fortes de recuperação de peso do que as diferenças na fisiologia ou metabolismo. Nos relatos dos indivíduos inscritos no registro antes mencionado, constata-se que 89% descreveram o emprego de atividade física e dieta para perda de peso. Os indivíduos que relataram a modificação na alimentação para perder e manter peso reportam comumente a restrição da ingestão de determinados tipos ou categorias de alimentos, limitaram a quantidade, ou que contaram as calorias. Mesmo com a grande ênfase na dieta hoje em dia, poucos destes mantenedores de sucesso na perda de peso usam dieta por si só.

É destacado que o treinamento com pesos é a atividade física escolhida por grande parte das pessoas registradas. As mulheres do registro que se envolvem com treinamento com pesos são em número muito maior do que as mulheres na população em geral.



dia do lixo

E o “dia do lixo”?

Outro dado interessante. Aqueles que mantêm a dieta não só nos dias de semana, mas também em finais de semana, feriados e férias, possuem mais chances de sucesso de manutenção do peso, do que aqueles que fazem restrições rigorosas somente durante a semana. Permitindo a flexibilidade na dieta, pode-se aumentar a exposição a situações de alto risco, criando mais oportunidades de perda de controle.

Em contraste, os indivíduos que mantêm um regime de dieta consistente por todo o período do ano são mais propensos a manter a sua perda de peso ao longo do tempo. Surpreendentemente, aqueles que recuperaram o peso, relataram diminuição significativa na atividade física, aumento do seu percentual de calorias provenientes de gordura (ingerindo frituras e alimentos gordurosos) e diminuição em sua restrição dietética geral.

Assim, uma grande parte da recuperação do peso pode ser atribuída à incapacidade de manter a alimentação saudável e exercícios ao longo do tempo. Os achados também destacam a importância de manter as mudanças de comportamento que foram adotados durante o emagrecimento na manutenção em longo prazo da perda de peso. Uma refeição fora da dieta em quantidades regradas não é crime capital! Afinal, todos têm família, vida social, o que deve ser evitado são os deslizes constantes. Estratégias efetivas Os achados do registro sugerem seis estratégias-chaves para o sucesso em longo prazo na perda de peso:

  1. Engajar-se em altos níveis de atividade física;
  2. Uma dieta baixa em calorias e gordura;
  3. Priorizar o desjejum;
  4. Automonitoramento regular do peso;
  5. Manutenção de um padrão alimentar coerente;
  6. Recuperar os “deslizes” antes de se transformarem em ganhos maiores.

Carboidrato é realmente um “vilão”?

Abrimos um parêntese para relatar um dado interessante quanto ao carboidrato, tido como vilão por muitas dietas. Apenas 7,6% dos membros do registro relataram comer menos do que 90 g de carboidrato/ dia, nas com ingestão total de energia diária baixa. Menos de 1% dos participantes registrados consomem as tais dietas de “lowcarb” (baixo carboidrato).

Quando comparados com os membros do registro que tiveram maior ingestão de carboidratos, aqueles que consumiam menos que 24% de carboidratos mantiveram crescente a sua perda de peso por um período menor. Este conhecimento já é bem antigo: dietas que restringem o carboidrato se mostram ineficientes em longo prazo, contudo, mesmo assim, basta uma busca na internet para encontrar ávidos defensores do “low carb” ou zero carboidrato.

Sucesso na manutenção

Na edição 101 da revista M&F, ficou demonstrado o grau de relevância para os estudos de revisão sistemática. Outro estudo no mesmo sentido dos já mencionados, Manutenção de perda de peso em longo prazo, uma meta-análise de estudos[2], publicado no The American Journal of Clinical Nutrition, levantou os resultados envolvendo mais de 1.000 participantes em programas estruturados de perda de peso e a possibilidade de se recuperar toda a sua perda dentro de cinco anos, e não só confirma como também enfatiza o importante papel dos exercícios na manutenção da perda de peso, dos quais o treinamento resistido apresenta-se como uma das melhores opções. O uso de dietas com baixa ingestão calórica também foi relacionada à manutenção de perda de peso bem-sucedida em longo prazo.

Algumas das características desses mantenedores de perda de peso bem-sucedidos são a baixa ingestão de gordura e um alto nível de atividade física. Os resultados dos estudos sugerem ainda que a perda de peso com êxito pode ser um importante contribuinte para a posterior manutenção de peso. Embora o sucesso na manutenção da perda de peso tenha melhorado ao longo da última década, sugere o estudo que ainda há espaço para mais pesquisas que ajudarão as pessoas a sustentarem a atividade física, o estilo de vida, as mudanças realizadas, bem como escolhas alimentares adequadas para a manutenção de peso.

O estudo aponta registros de uma antiga publicação com estratégias bem documentadas, para manutenção da perda de peso, basicamente no mesmo sentido das já citadas, qualificadas como estratégias consistentes e efetivas:
  • Realizar altos níveis de atividade física – e assim manter altos gastos calóricos tanto durante como após o exercício, em que a musculação tem seus resultados comprovados;
  • Consumir baixas calorias – com baixa gordura para equilibrar ou manter um deficit calórico;
  • Pesar-se frequentemente – assim mantendo um constante controle, detectando rapidamente possíveis erros e facilitando ajustes imediatos.

Respondendo a pergunta inicial

Conclui-se que após a perda de peso o trabalho deve continuar seguindo os mesmos princípios adotados para se atingir o objetivo. É importante manter o treinamento, principalmente com pesos, e aumentar a intensidade ou volume de acordo com a evolução do condicionamento. Diversificar as rotinas de treinamento, variando estímulos neuromusculares, ajudam a manter a motivação. Traçar novos objetivos como hipertrofiar as coxas, melhorar as panturrilhas, definir os deltoides também ajudam a manter o foco e o estímulo para o treinamento.

De forma consciente, optar sempre pela alimentação saudável, mantendo a rotina alimentar que proporcionou o emagrecimento, pois isso deixará de ser uma tortura para se tornar um hábito. O ser humano tem a grande capacidade de se adaptar, e com o tempo certamente irá acontecer. O constante autocontrole do peso irá dar o sinal se tudo está correndo como planejado, ou se algo precisa ser melhorado em tempo de ser corrigido, freando assim a recuperação do peso.

Não adianta fechar os olhos para o problema, pois quando se der conta ele estará mais difícil de resolver. O trabalho neste período se resume em fixar os ganhos e buscar possíveis melhoras, evitando assim o efeito “sanfona”. Vale ressaltar que o peso na balança por si só não é o melhor indicativo, uma vez que a musculação poderá promover ganhos hipertróficos. O visual, roupas, dobras cutâneas são informações importantes que ajudarão no processo de controlar os ganhos.

Ao estabelecer seus novos objetivos, demarque onde será o sinal vermelho, ou seja, uma calça, um certo peso, uma circunferência de abdome ou mesmo um percentual de gordura, e ao se aproximar dele PARE TUDO e corrija logo, isso evitará sofrimentos. Procure amigos que estão com os mesmos objetivos, treinem juntos, troque receitas, estimule, isso também é importante, mas mantenha sempre seu treinador informado e discuta com ele seus objetivos.

Qual a intensidade de treino mínima necessária para promover a hipertrofia e ganhos de força?

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Qual a intensidade de treino mínima necessária para promover a hipertrofia e ganhos de força?

Quando objetivo é aumentar a massa muscular de indivíduos principiantes, a American College of Sports Medicine (ACSM 2009) recomenda que os treinos resistidos sejam realizados com cargas que correspondam a uma intensidade de 70-85% de 1 Repetição Máxima (força máxima dinâmica).



Entretanto, alguns estudos demonstraram que a utilização de intensidades baixas a moderadas (30-50% 1RM), proporciona ganhos comparáveis aos do treino realizado a intensidades mais elevadas.

Mas qual será, se facto, a intensidade mínima necessária para se obter ganhos expressivos ao nível da força e hipertrofia muscular? Recentemente, um grupo de investigadores procurou obter uma resposta definitiva a esta questão.

O estudo

Estes investigadores recrutaram 30 voluntários sem experiência de treino resistido e colocaram-nos num programa de treino resistido, que incluiu duas sessões de treino por semana de rosca de bíceps unilateral e leg press unilateral a 45°, durante 12 semanas.

Nesse estudo e para cada voluntário, os investigadores colocaram uma perna e braço a realizar três séries a 20% de 1RM (G20), até à falha e o membro contralateral foi designado, de forma aleatória, a realizar os mesmos exercícios, com o mesmo volume de treino, mas com uma de três possíveis diferentes intensidades: 40% de 1RM (G40); 60% de 1RM (G60), e 80% de 1RM (G80).

A área de seção transversal do músculo e a 1RM foram determinas no início, 6 e 12 semanas após o final do estudo.

Resultados



No final de 12 semanas, embora todos os grupos tenham obtidos aumentos da CSA; os grupos G40, G60 e G80 obtiveram aumentos estatisticamente significativamente superiores aos do grupo G20.



Para além disso, o grupo G80 obteve um aumento estatisticamente significativo da 1RM comparativamente aos grupos G20, G40, G60.

Os autores deste artigo escreveram que, embora a realização de exercício com uma intensidade de 20% a 80% de 1RM permita obter ganhos de força e de massa muscular, o treino com uma intensidade de 20% é subóptimo para promover a hipertrofia muscular e o aumento da força.

Referem ainda que é viável usar um amplo espectro de intensidades, desde 40-80% de 1RM, para aumentar a massa muscular e que o uso da combinação dessas intensidades poderá potenciar os resultados de hipertrofia e permitir uma melhor recuperação ao aliviar o stress relacionado com articulações, devido ao treino contínuo com cargas pesadas. 



Fonte: Musculação.Net

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