Há fortes evidências de que o controle alimentar, a dieta equilibrada, tem uma relação direta com o fato de se gostar ou não do exercício que está sendo praticado. Veja mais neste artigo!
Comer bem, treinar de forma adequada e ainda dar conta de todas as demais tarefas de sua vida, pode parecer muito difícil. Mas há uma relação entre gostar do exercício que você pratica e suas escolhas alimentares, o que pode tornar esta rotina mais fácil.
Existe uma relação direta entre as modificações que o exercício provoca em seu corpo e a aderência a uma estratégia alimentar. Aliás, este é um tema bastante complexo e exige diferentes abordagens. Há evidências, por exemplo, que a aderência à dieta está também ligada a fatores neurobiológicos.
Aderência à dieta está ligada a diferentes fatores
Um dos maiores problemas, apontado tanto por profissionais, quanto por pacientes, é a supercompensação dietética.
É a velha máxima de permitir-se uma recompensa alimentar, após treinar.
Com certeza, você conhece alguém que treina e se “permite” cometer estripulias gastronômicas após treinar. Este é um dos problemas mais comuns e que acabam comprometendo e muito, o sucesso da estratégia.
Mas, segundo um estudo recente, isso é causado por uma razão: a pessoa não sente prazer e não gosta da prática escolhida. Em
um estudo publicado por Beer (2017), foram investigados o efeito do
apoio à autonomia na escolha dos exercícios, relacionado com o gasto de
energia correspondente no apetite e subsequente consumo de energia.
Para isso, foram selecionadas 58 mulheres. Para avaliar melhor o objetivo do estudo, estas mulheres foram divididas em 2 grupos:
1- Poderia escolher a atividade a ser praticada
2- Não poderia escolher
Além
disso, as participantes também tiveram a ingestão de energia média,
mensurada previamente. Percepções de humor, escolha e prazer também
foram avaliadas.
Além disso, a escolha por alimentos “não saudáveis”, foi significativamente maior no grupo que não poderia optar pela atividade física.
O estudo ainda é muito preliminar e precisa de aprofundamento. Porém, como já é possível visualizar na prática diária, pessoas que sentem prazer na atividade física escolhida, tendem a ter mais facilidade de manter a dieta e a alimentação saudável.
Então devo fazer apenas o que eu gosto?
Temos de ter alguns cuidados. Afinal, nem sempre o que se “gosta”, é o melhor. Há uma percepção psicológica de valor, de mudança, que deve ser levada em conta.
Por exemplo, uma pessoa que não goste de fazer musculação, mas tem restrições articulares e musculares e precise emagrecer, terá que optar pela prática que não lhe é tão prazerosa.
É preciso encontrar equilíbrio e ressignificar a relação com exercício físico. Isso sim, em médio e longo prazo, fará diferença em sua vida.
Sempre treine com orientação de um bom profissional.
Bons treinos!
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